As altas consecutivas nos preços dos fertilizantes ao longo do ano passado (2021) já estavam deixando os produtores do País preocupados com a próxima safra.
E como esperado, no primeiro trimestre de 2022, o aumento nos valores dos insumos foi intensificado, principalmente, diante do cenário de conflito entre o leste europeu. O que vem dificultando as transações de fertilizantes no mundo todo. E é claro, isso também acabou afetando o cenário agrícola brasileiro.
A notícia preocupa os agricultores do grão. já que neste ano (2022), o custo da produção da soja no Brasil quase dobrou em comparação com a safra anterior.
No ano passado, o produtor de soja gastava, por hectare, uma média de R$ 770 com fertilizantes e, hoje, está gastando cerca de R$ 2.558; de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).
Além disso, a alta do valor do diesel e dos defensivos agrícolas também influenciaram na alta dos custos.
Um levantamento do Cepea apontou que o fertilizante cloreto de potássio foi negociado no Brasil à média de R$ 6.171,50/tonelada em março, forte alta de 24,9% em relação à de fevereiro e 153,6% acima da de março de 2021.
A cotação média do MAP (fosfato monoamônico) foi de R$ 7.032,10/t em março, 40,6% superior à do mês anterior e avanço de 63,6% em relação à de março do ano passado. Quanto à ureia, a tonelada foi negociada à média de R$ 5.844,70/t no Brasil em março, valorização mensal de 36,8% e anual de 97,3%.
Esses novos reajustes, por sua vez, já estão sendo repassados, em partes, aos gastos envolvendo a nova safra 2022/23.