Para ajudar os produtores de soja de todo o país a entidade criou um manual completo, a pedido do Projeto Soja Brasil, para garantir uma boa safra. Confira como não errar com o principal insumo da safra!
1 – A semente é a chave do sucesso de uma lavoura. Semente de qualidade é fundamental para que o produtor comece e termine bem a safra.
2 – Semente de boa qualidade tem origem, alto poder germinativo, alto vigor, tem sanidade e tem purezas física e varietal.
3 – Estas características são indispensáveis para a obtenção de lavouras compostas por plantas de alto desempenho, resultando em lavoura de alta produtividade.
4 – Semente de má qualidade resulta em estande desuniforme, plantas com baixo desempenho e disseminadoras de doenças e plantas daninhas.
5 – O bom estabelecimento da lavoura depende também da boa plantabilidade, ou seja, da utilização de semeadoras de alta precisão, bem reguladas e operando dentro dos padrões de velocidade recomendados pelos fabricantes. Isso resultará na obtenção da população ideal de plantas, bem distribuídas, sem falhas e sem aglomerados de plantas.
6 – Visualmente, semente e grão são idênticos, mas a semente se distingue pela maior pureza, homogeneidade, sanidade, alto poder germinativo e alto vigor.
7 – É irracional gastar mundos e fundos no manejo do solo e na fertilização do campo e economizar semeando sementes de qualidade duvidosa.
8 – O custo da semente torna-se irrisório quando comparado ao aumento da produção que ela proporciona. Sementes de alto vigor originam lavouras mais produtivas.
9 – O uso de sementes pirata é prejudicial ao setor produtivo porque acaba com os programas de melhoramento genético, inibindo o desenvolvimento de novas cultivares. Um tiro no pé.
10 – A soja destinada para a produção de grãos pode ser cultivada em todo o território nacional, mas nem todos os locais são apropriados para produzir soja-semente.
11 – Regiões tropicais com baixa altitude não são recomendadas para a produção de soja-semente, a menos que a lavoura seja cultivada em altitudes superiores a 700 m e a semente armazenada em ambiente climatizado.
12 – Para obter-se uma semente de qualidade, evitar a semeadura cuja colheita coincide com períodos chuvosos.
13 – Recomenda-se armazenar as sementes com teor de umidade inferior a 12%, em ambientes com temperatura inferior a 25 °C e umidade relativa do ar inferior a 70%. Na seleção da cultivar semeada, atentar para que a semente pertença a uma cultivar recomendada para a região onde será cultivada.
14 – Aconselha-se tratar as sementes com fungicidas antes da semeadura ou adquiri-las já tratadas industrialmente. O mercado já conta com empresas sementeiras que disponibilizam sementes tratadas industrialmente.
15 – No tratamento de sementes, cuidado na quantidade e compatibilidade dos produtos utilizados; um produto pode inviabilizar o outro.
16 – Cuidado com os “cosméticos” agregados à semente, produtos que podem não agregar nada à semente, além do custo.
17 – Geralmente, sementes de diferentes tamanhos produzem igual, salvo em raras circunstâncias, quando a maior reserva nutricional das sementes graúdas ajudam a plântula no início do desenvolvimento.
18 – A classificação das sementes por forma e tamanho são pré-requisitos para efetuar a classificação por densidade, que é fundamental para melhorar o vigor do lote de semente. Sementes de baixa densidade apresentam qualidade fisiológica, germinação e vigor, inferiores.
Forma e tamanho interfere na classificação por densidade efetuada pela mesa densimétrica.
19 – É importante classificar as sementes por tamanho para melhorar a plantabilidade.
20 – Quando possível, eleger cultivares resistentes ou tolerantes às principais moléstias que atacam a cultura na região.
21 – Para evitar danos no armazenamento, recomenda-se retirar a semente do armazém do fornecedor na data da semeadura. Só optar pelo armazenamento no próprio armazém desde que tenha condições de mantê-las em ambiente apropriado.
22 – Mais de 95% da soja cultivada no Brasil é transgênica, mas há mercado para a soja convencional, que paga bônus.